SERMOES(ES)COLHIDOS

"Descendo ao particular, direi agora, peixes, o que tenho contra alguns de vós. E começando aqui pela nossa costa: no mesmo dia em que cheguei a ela, ouvindo os roncadores e vendo o seu tamanho, tanto me moveram o riso como a ira." in Sermões Escolhidos, V, Padre António Vieira

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quarta-feira, março 08, 2006

O H5N1 e o Bicho-Homem

Mais uma vez o Homem, assumindo-se como criatura suprema, rei da natureza e centro do universo, esquece que o vírus H5N1 é, primordialmente e essencialmente um perigo para a vida das aves, especialmente as selvagens e só pensa em si. Vai e mata tudo, como se tivesse um direito de vida e de morte sobre todas as criaturas. Nem pensa que algumas aves poderiam sobreviver e até criar resistências.
O espírito que grassou no sul de França com a cholera morbus no sec. XIX, em que as pessoas se mataram umas às outras, assassinando famílias inteiras ou impedindo-as de sair de certas áreas , com receio de serem contagiadas, apesar de não apresentarem quaisquer sintomas (há um óptimo filme francês sobre isto, chamado «The Horseman on the Roof» ou «Le Hussard sur le toit» realizado em 1995 por Jean-Paul Rappeneau, vide
www.info-france-usa.org/culture/cinema/releases/rappenau/horseman.html) persiste.
Pobre papagaia que trouxe de Angola há 23 anos (com as necessárias autorizações sanitárias e legais) e que ofereci à minha mãe. Se te descobrem, em lugar de viveres cem anos e fazeres companhia a 4 ou 5 gerações, és eliminada, não para salvar a raça humana, mas por pura histeria, que os "media" acalentam.
E viva o Rei da criação, aquele que ainda acredita que Deus fez a Terra para que ele tivesse onde viver, criou os animais, para que ele tivesse o que comer, quem o ajudasse a trabalhar, quem o transportasse, quem o guardasse, quem o aquecesse com a sua pele, quem o enfeitasse com as suas penas, quem o alegrasse com os seus trinados, quem lhe fizesse companhia na solidão, enfim quem o servisse.